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O desempenho de equipes de vendas varia amplamente, dependendo do mercado, do setor, do público-alvo, do tamanho e da estratégia da empresa. Algumas são altamente estruturadas, com processos rigorosos, enquanto outras operam de forma mais flexível e dinâmica.

O perfil dos vendedores também influencia, com times – inexperientes ou maduros – focados em vendas consultivas e outros voltados para volume e rapidez.

O uso de tecnologia pode diferenciar equipes que utilizam CRMs avançados daquelas que ainda dependem de abordagens tradicionais. Além disso, a cultura organizacional modela a forma como a equipe se motiva e interage com os clientes.

Por isso, cada equipe de vendas tem sua identidade própria, adaptada às necessidades e objetivos do negócio.

Egos inflados

O ego de uma pessoa, na prática, é a forma como nos vemos e queremos ser vistos pelos outros. No dia a dia, ele se manifesta como a necessidade de estar certo, receber reconhecimento ou se sentir superior.

No trabalho, o ego pode levar a competitividade excessiva, dificuldade em aceitar críticas e resistência a mudanças. Controlá-lo significa priorizar o aprendizado, a colaboração e os resultados coletivos em vez de orgulho pessoal.

Ego inflado em vendas, como se diz, significa que o vendedor tem uma autoconfiança exagerada a ponto de se tornar arrogante, resistente a feedbacks e pouco receptivo às necessidades do cliente. Isso pode levar a atitudes como:

  • Achar que sabe tudo e não precisa melhorar;
  • Focar mais em si mesmo do que em resolver os problemas do cliente;
  • Não aceitar críticas ou orientações do superior ou da equipe;
  • Subestimar concorrentes e acreditar que a venda será fácil apenas por sua habilidade;
  • Ignorar sinais do cliente e insistir em uma abordagem errada.

O vendedor com ego inflado pode até ter bons resultados no curto prazo, entretanto, a longo prazo, tende a perder oportunidades por falta de empatia e flexibilidade.

O antônimo de ego inflado em vendas é a humildade profissional. Um vendedor com essa característica tem confiança no que faz, mas sem arrogância, estando sempre disposto a aprender e priorizar as necessidades e as expectativas do cliente.

Isso se manifesta de algumas formas, como:

  • Escutar ativamente o cliente e adaptar a abordagem conforme as necessidades deste;
  • Aceitar feedbacks e buscar melhorias constantes em suas técnicas de venda;
  • Reconhecer que não sabe tudo e estar aberto a novos aprendizados;
  • Ter empatia e paciência, focando mais em ajudar do que apenas vender;
  • Colaborar com a equipe em vez de agir como se fosse melhor que os outros.

Humildade profissional tende a construir relacionamentos mais sólidos e sustentáveis, garantindo sucesso de longo prazo.

Deixando o ego na gaveta

Aqui estão cinco orientações para ajudar alguém a deixar o ego de lado no trabalho:

  1. Aceite feedback sem defensividade – Encare críticas como oportunidades de aprendizado, não como ataques pessoais.
  2. Valorize o trabalho em equipe – Reconheça que o sucesso vem do esforço coletivo e não apenas do seu desempenho individual.
  3. Admita erros e aprenda com eles – Errar faz parte do crescimento. Assumir responsabilidades mostra maturidade e fortalece a confiança da equipe.
  4. Escute mais do que fala – Demonstre respeito pelas ideias dos outros, mesmo que sejam diferentes das suas. Isso gera um ambiente de colaboração e inovação.
  5. Priorize os resultados, não o reconhecimento – Foque no impacto positivo do seu trabalho e não apenas em receber créditos ou elogios.Aqui estão outras cinco orientações “mais refinadas” para deixar o ego de lado:
  6. Pratique a humildade – Reconheça que sempre há algo novo para aprender e que ninguém sabe tudo.
  7. Celebre o sucesso dos outros – Em vez de sentir inveja ou competitividade, parabenize colegas pelas conquistas e reconheça o valor do time.
  8. Não leve tudo para o lado pessoal – Nem todas as decisões ou críticas são sobre você; mantenha o foco no que é melhor para o projeto e a empresa.
  9. Seja flexível e aberto a mudanças – O mundo do trabalho está em constante evolução; adaptar-se sem resistência é um sinal de maturidade profissional.
  10. Ajude sem esperar algo em troca – Contribuir para o crescimento dos outros fortalece o ambiente de trabalho e cria uma rede de apoio genuína.

Deixar o ego na gaveta abre espaço para o aprendizado, fortalece os relacionamentos e melhora a tomada de decisões.

Sem a necessidade de estar sempre certo, tornamo-nos mais receptivos a feedbacks e novas ideias. A colaboração flui melhor, pois valorizamos as contribuições dos outros sem competir por reconhecimento. Além disso, a humildade gera respeito e confiança, tornando-nos líderes e colegas mais inspiradores.

No fim, quem solta o peso do ego ganha leveza para crescer.

6/jan/2025

Gilberto Cavicchioli
Por Gilberto Cavicchioli

Consultor de empresas, professor em pós-graduação e MBA em grandes Escolas de Negócios do Brasil.
Dirige a empresa Cavicchioli Treinamentos cavicchiolitreinamentos.com.br