ARTIGO ARPEN-SP AGOSTO 2011
O conflito nas organizações pode ser coisa muito séria senão for encarado e compreendido.
Primeiro é bom esclarecer o que é o conflito nas organizações.
Existem várias definições para o conflito, particularmente, gosto dessas duas:
- Conflito é um processo que tem início quando uma das partes percebe que a outra parte afeta, ou pode afetar, negativamente alguma coisa que a primeira considera importante. (Robbins, 2005)
- É uma conjuntura, momento crítico, tensão produzida pela presença simultânea de motivos contraditórios. (Dicionário Michaelis, 2008)
No ambiente de trabalho o conflito pode ser o grande indicador de que alguma coisa não está funcionando bem dentro da equipe. E quando não é bem administrado pode assumir proporções devastadoras desde uma simples incompatibilidade de objetivos ou desacordo sutil, até manifestações violentas e irreparáveis.
A visão tradicional do conflito parte do pré suposto de que todo conflito é ruim, violento, destrutivo e, portanto, deve ser evitado. Sua origem na maioria dos casos advém de falhas de comunicação e falta de confiança entre pessoas.
Uma evolução dessa visão, encara o conflito como fruto natural das relações humanas. Sendo natural, não deve ser evitado e sim aceito pelo grupo, podendo até trazer benefícios no trabalho por provocar, em certas situações, melhoria de desempenho das pessoas afetadas pelo conflito.
A visão moderna foca o conflito no sentido de ser encorajado, ou melhor, um nível mínimo pode ser mantido, de grau suficiente para manter os envolvidos criativos, inovadores e abertos às mudanças.
Cabe aos líderes identificarem as causas dos conflitos, o que propicia condições e oportunidades para o seu surgimento.
Relacionamos abaixo o que pode gerar o conflito nas empresas e que os líderes devem atentar com cuidado e atenção:
- Incompatibilidade de objetivos
- Competição entre pessoas ou grupos
- Choques de personalidade
- Comportamentos injustos
- Algum tipo de assédio moral ou sexual
- Resistência à mudança
- Exigências de família
Cabe aos líderes das organizações, não evitarem os conflitos, mas como dissemos torná-los produtivos, que se aprenda com eles, que estimulem os processos de mudanças e ganhos de produtividade.
A cooperação, o diálogo, o feedback e em muitas vezes o não-enfrentamento são posturas favoráveis para retomar a calma e a satisfação no trabalho.
Ficamos por aqui. Um abraço e até nosso próximo encontro.
Por Gilberto Cavicchioli
É professor de pós-graduação em cursos de Gestão de Negócios, consultor e gestor da empresa Cavicchioli Treinamentos. Realiza cursos e palestras técnicas sobre gestão de pessoas em cartórios extrajudiciais. Autor dos livros O Efeito Jabuticaba, na 4ª edição e Cartórios e Gestão de Pessoas: um desafio autenticado, na 2ª edição. Conheça nosso material sobre gestão em: cavicchiolitreinamentos.com.br