“É o líder quem oferece a direção para o alcance de objetivos.”
Stephen Robbins – nascido em 1943 nos EUA, é especialista em gestão e comportamento organizacional
Uma pessoa pode fazer diferença no desempenho de uma organização?
Esta é uma pergunta frequente nos treinamentos e workshops sobre a formação e desenvolvimento de líderes.
E a resposta consensual é sempre essa:
Sim, uma pessoa pode fazer uma diferença significativa no desempenho de uma organização.
Nós, seres humanos, estamos em constante evolução. As organizações para sobreviverem precisam acompanhar a evolução dos comportamentos humanos, em paralelo com as mudanças na Economia e nas tecnologias, para citar apenas alguns fatores.
Comportamentos que influenciam o desempenho
Ninguém vai negar que uma pessoa com ideias inovadoras pode transformar processos, produtos ou serviços, agregando valor à organização.
Na atividade notarial e registral, contar com colaboradores motivados, proativos e com conhecimentos acima da média – mesmo que não desempenhem o papel de liderança – já alteram desempenhos que resultam em melhor qualidade no atendimento aos usuários da serventia extrajudicial.
Exemplos atuais de líderes visionários como Steve Jobs ou Elon Musk ilustram como um indivíduo pode impactar profundamente a estratégia e os resultados de uma empresa.
Um líder que inspira e motiva equipes pode criar um ambiente de trabalho mais produtivo, colaborativo e engajado. Os funcionários que se sentem valorizados por suas lideranças tendem a se empenhar mais e contribuir para o sucesso coletivo.
Observo nos treinamentos e palestras realizados nas serventias extrajudiciais, que um funcionário que se destaca na execução de suas tarefas pode elevar a eficiência e a qualidade do trabalho, influenciando seus colegas e até redefinindo padrões de atendimento, como redução no prazo de entrega de serviços. Contar com funcionários assim, melhora o ambiente de trabalho e a qualidade da convivência, entre os departamentos, se eleva.
Por exemplo, quando um colaborador sugere melhorias operacionais, pode-se reduzir custos ou aumentar a produtividade. Todos saem ganhando.
Quando o impacto positivo de uma pessoa é amplificado pela colaboração com outros, a diferença no desempenho pode ser ainda mais marcante. Assim, desenvolver e reconhecer o potencial das pessoas é uma estratégia essencial para qualquer organização que busca crescimento e sucesso.
A evolução do comportamento dos líderes
- Líderes precisarão demonstrar mais empatia, compreendendo as necessidades individuais de suas equipes e promovendo um ambiente inclusivo.
- Habilidades interpessoais, como escuta ativa e resolução de conflitos, serão ainda mais valorizadas.
- A gestão da diversidade será essencial, com foco em equipes multiculturais e multigeracionais.
- A promoção de um ambiente de trabalho que valorize o bem-estar e equilíbrio entre vida profissional e pessoal será um diferencial.
- Diante de mudanças constantes, líderes precisarão ser ágeis e resilientes, adaptando estratégias rapidamente a novos desafios. Essa adaptabilidade exigirá aprendizado contínuo, especialmente em relação a novas tecnologias e tendências do mercado.
- A preocupação com impacto ambiental e responsabilidade social exigirá que líderes adotem práticas sustentáveis em suas operações.
- Liderar com propósito, conectando a missão da atividade notarial e registral a um impacto positivo na sociedade, será um grande diferencial competitivo.
- Com a automação e a inteligência artificial impactando serviços, os líderes precisarão integrar tecnologias de maneira estratégica.
- A capacidade de liderar equipes híbridas (presenciais e remotas) será crucial, com ênfase em ferramentas digitais de colaboração e comunicação.
- Líderes terão que adotar uma abordagem centrada no ser humano, entendendo que colaboradores engajados entregam melhores experiências aos clientes.
Os líderes precisarão fomentar ambientes onde a criatividade seja incentivada, mesmo no caso dos cartórios extrajudiciais que são tradicionais prestadores de serviços.
Finalmente, esses comportamentos irão exigir que líderes desenvolvam não apenas competências técnicas, mas também inteligência emocional e visão estratégica para a sustentabilidade de seus negócios.
Até uma próxima oportunidade, um abraço.
Publicado originalmente no Jornal do Notário CNB/SP – ANO XXV – Nº 224
– NOV/DEZ – 2024, pgs. 36 e 37.
Por Gilberto Cavicchioli
É professor de pós-graduação em cursos de Gestão de Negócios, consultor e gestor da empresa Cavicchioli Treinamentos. Realiza cursos e palestras técnicas sobre gestão de pessoas em cartórios extrajudiciais. Autor dos livros O Efeito Jabuticaba, na 4ª edição e Cartórios e Gestão de Pessoas: um desafio autenticado, na 2ª edição. Conheça nosso material sobre gestão em: cavicchiolitreinamentos.com.br