O cenário atual é inédito, para todos nós, tanto na nossa vida pessoal quanto profissional e emocional. Vídeos, depoimentos, memes, e-mails informando o adiamento de atividades e compromissos provocam de tudo: insatisfações, incertezas, promessas de mudanças na forma do mundo conviver em sociedade. E também estimulam revisões de postura, comportamentos, de sonhos.
Faço aqui uma proposta para adotar o “re” como prefixo a alguns verbos de ação.
- Repensar os meios de se trabalhar. Tenho escutado diariamente que o trabalho de casa, o home office, para muitas atividades e funções tem se mostrado mais eficiente do que se imaginava. A habilidade do autogerenciamento tornou-se imprescindível?
- Reavaliar o que de verdade importa em nossas atividades cotidianas. Em quais prioridades devo focar minhas energias.
- Reestruturar as nossas equipes de trabalho, revendo nossa forma e estilo de liderar pessoas, a forma de externar empatia e solidariedade. O quanto, de verdade, compartilhamos objetivos e responsabilidades com nossos parceiros?
- Redesenhar os processos de atendimento aos clientes, agilizando atividades que promovam o ganho de tempo com redução de custos e melhoria na qualidade. Satisfazer clientes será diferente daqui pra frente?
- Retrabalhar o que vem dando certo, o que tem se mostrado eficiente e bem aceito pelos clientes – internos e externos –, pelos usuários dos serviços que prestamos ou consumidores dos produtos que produzimos. Precisamos de tanto para viver com harmonia e tranquilidade?
- Renovar posturas antigas que talvez sejam inadequadas nos tempos de hoje que já nos ajudaram no passado, mas que no presente, perderam sua utilidade ou contribuição.
- Rever o que já nos fez bem no passado e que hoje só faz mal. Desapegar-se do que já não atende nossas necessidades e expectativas.
- Reanimar no sentido de fazer alguém recuperar as funções vitais e a consciência do que realmente importa.
- Receitar conselhos que elevem a autoestima das pessoas menos favorecidas, aflitas com suas incertezas em relação ao futuro.
- Refletir sobre a forma de encarar o novo, o que nos faz pensar fora da caixa.
- Reatar as relações em que a distância já foi um empecilho.
- Requebrar e rebolar no sentido de usar recursos inusitados para sair das dificuldades.
- Reconhecer que precisamos mudar e reconsiderar o que realmente importa.
- Reolhar para dentro de nós mesmos, redefinir nossas formas de cantar, dançar, celebrar e sorrir.
Que esse momento seja breve. Saúde para todos!
Por Gilberto Cavicchioli
Consultor de empresas, professor em pós-graduação e MBA em grandes Escolas de Negócios do Brasil.
Dirige a empresa Cavicchioli Treinamentos cavicchiolitreinamentos.com.br